terça-feira, 25 de março de 2008

... VERSÃO QUANTO VALE ...



No filme QUANTO VALE, OU É POR QUILO?, O Estado brasileiro é representado de várias formas, se analisarmos por John Locker, pode-se perceber um estado natural, onde cada um é juiz de si próprio; alguns personagens se auto julgam, alto condenam e agem, punem, ou procuram uma forma de sobrevivência, em alguns momentos pode-se confundir com um estado primitivo, sem lei e onde pessoas, e poderosos, podem usar e abusar. Numa visão ligada a Rousseau, podemos observar, também, uma democracia direta, onde o individuo é súdito e cidadão ao mesmo tempo, cidadão por ter seus direitos e etc; e súdito por mostrar as diferentes camadas sociais, onde muitos cidadãos servem de empregados para maiores e/ou para o próprio estado.
Por fim, analisando mais a fundo, tanto foi falado de poder que se pensarmos bem ele é uma unidade contrária, existem muitas necessidades entre comandantes e comandados, o filme mostra isso com os “poderosos” e suas instituições assistencialistas, no caso o comandante necessita que o comandando participe delas.


Ao observar o filme, há a percepção de que os serviços assistencialistas atuantes só beneficiam aqueles que os sustentam e apóiam, entretanto, não se pode generalizar , pode-se criar uma média utopia na crença de uma consciência dos grandes em relação aos benefícios assistencialistas que custeiam. Em suma, a realidade nua e crua, só confirma tais serviços como esquemas de lavagem de capital e corrupção.


Segundo o filme, o que existe em comum nas duas épocas é a segregação racial e econômica. O preconceito da cor advinda da época escravista, é demonstrada sem dó, tirando as vendas do individuo que crer que o Brasil é um país homogêneo em relação os preceitos de cor, demonstrando que a segregação econômica continua, e ainda a existência da heterogenia social de classes.


Os grupos representados no filme, são caracterizados das seguintes formas:
- Estado: desigual; segregador social de classes, omisso a realidade dos fatos cotidianos.
- Empresas: galpões capitalistas, com intuito de mascarar suas corrupções e sonegações nas ong´s.
- Partidos Políticos: instituições de interesse, sem engajamento e filosofia própria; desprovidos de ideologia.
- A mídia: câncer que venda os olhos da socidade, imbecilização dos comandados.
- Ong´s: máquinas de lavar dinheiro de empresas e estampas criadas pela mídia.


SINOPSE:

Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.


Informações Técnicas

Título no Brasil: Quanto Vale Ou É Por Quilo?

País de Origem: Brasil

Gênero: Drama

Classificação etária: 14 anos

Tempo de Duração: 110 minutos

Ano de Lançamento: 2005

Estúdio/Distrib.: Riofilme

Direção: Sergio Bianchi


Elenco:Herson Capri, Ana Carbatti, Marcelia Cartaxo, Leona Cavalli, Caco Ciocler, Joana Fomm, Silvio Guindane, Cláudia Mello, Danton Mello, Lázaro Ramos, Lena Roque, Ana Lúcia Torre

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