sexta-feira, 25 de abril de 2008

... VERSÃO NOVELEIRO ...



DUAS CARAS: UMA NOVELA MUTANTE.


Graças ao bom Deus, ou já não era sem tempo, despede-se do horário nobre em alguns meses uma das novelas mais “mutanescas” da televisão brasileira. DUAS CARAS conseguiu o mérito de ser odiada e amada ao mesmo tempo, uma verdadeira causadora de antíteses sentimentais nos seres humanos noveleiros como eu, por isso a chamo de mutante, uma hora era uma trama ruim e outra hora ficava boa... Ah sim! Dupla personalidade de gênero, por isso DUAS CARAS, uma novela boa e ruim.


O início da trama foi caótico, um bucolismo estranhos, cenas longas e chatas, e uma divulgação zero... Daí partimos para o querido (ou odiado) autor Aguinaldo Silva, que vendo sua trama indo por água abaixo resolver apimentar o reclame e acabou causando reboliço e chamando a atenção do telespectador. A trama acabou sendo moldado pelo público, os personagens mudando de personalidade e por ai vai. Quanto ao elenco, pela primeira vez na minha vida vi Antônio Fagundes enchendo a paciência com seu Juvenal Sem Definição de bom ou mau Antena, Marjorie Estiano conseguiu ser uma das mais apáticas protagonistas da televisão brasileira e bons atores tiveram seus personagens apagados ou esquecidos como Totia Meireles, Eriberto Leão e Vanessa Giácomo que sumiram – nem para o Aguinaldo “utópico” Silva pegar um monte de balões com gás hélio e fazerem eles voarem como o padre.


Dois ótimos atores foram injustiçados com personagens ruins como Caco Ciocler e José Wilker, no caso do último o personagem é até bom mas não tem trama, vive sem eira nem beira falando, falando, sem propósito... O núcleo sexy da uisqueria me rendeu uma surpresa e tanto a atriz Marilice Cosenza, que vive a dançarina Socorro – aquela que se envolveu com o personagem de Ângelo Antônio – que deu uma interpretação impecável e se mostrou ótima em tudo, Flássia Alessandra mostrou com sua Alzira que uma mulher pode ser “meio” Amélia mas muito tarada... Pois é, méritos e méritos só mesmo a duas atrizes responsáveis por uma dupla e tanto: Betty Faria e Alinne Moraes. Bárbara a pura nordestina cheia de charme e a louca (ou não) Sílvia, que não sei ainda se é louca ou tão dissimulada que se faz louca... Por fim, Dalton Vigh deu conta do recado, Suzana Vieira mostrou a sua antipatia na personagem e Marília Pêra conseguiu fazer um humor classudo, mas acabou extinta, seu personagem sumiu... Uma mutação mal resolvida que não se pode dizer que é boa ou ruim...



Um comentário:

Thiago da Hora disse...

tenha certeza de que a da record (essa sim mutante) é MUITO pior!

ps: não suporto novela!